August Rush- O Som Do Coração (2007)
By Rodrigo Mourão - quinta-feira, agosto 16, 2012
" I believe in music the way that some people believe in fairy tales. It's all around us. All you have to do... is listen"
Eu simplesmente adoro filmes de música e não, não me estou a referir apenas a musicais, se bem que também os adore. Gosto de filmes que toquem na alma com toda a sua composição sonora, de modo a que esta esteja perfeitamente interligada com as personagens, o ambiente e os restantes efeitos sonoros que acompanham o filme. E é isso que "August Rush" faz na perfeição.
O filme fala-nos de Evan Taylor ( Freddie Highmore), um prodígio musical fruto de um relacionamento de uma noite entre Lyla (Keri Russell), uma consagrada violoncelista, e Louis (Jonathan Rhys Meyers), guitarrista e vocalista numa banda mais despercebida. Circunstâncias imprevisíveis obrigam Lyla e Louis a separar-se. O pai de Lyla, sem esta saber, dá à nascença o seu filho a um orfanato para que esta não estrague a sua carreira. Onze anos depois, Evan decide seguir a música o que o leva a abandonar o orfanato até ao centro de New York City, onde conhece Wizard (Robin Williams), um homem (com o visual do Bono dos U2, diga-se...) que alberga crianças abandonadas e as faz tocar nas ruas em troca de dinheiro. Ao descobrir o talento de Evan, Wizard fá-lo adoptar o nome August Rush e tocar nas ruas, mas August está destinado a encontrar os seus pais através da música, pois esta é a única coisa que os liga a todos.
O filme fala-nos de Evan Taylor ( Freddie Highmore), um prodígio musical fruto de um relacionamento de uma noite entre Lyla (Keri Russell), uma consagrada violoncelista, e Louis (Jonathan Rhys Meyers), guitarrista e vocalista numa banda mais despercebida. Circunstâncias imprevisíveis obrigam Lyla e Louis a separar-se. O pai de Lyla, sem esta saber, dá à nascença o seu filho a um orfanato para que esta não estrague a sua carreira. Onze anos depois, Evan decide seguir a música o que o leva a abandonar o orfanato até ao centro de New York City, onde conhece Wizard (Robin Williams), um homem (com o visual do Bono dos U2, diga-se...) que alberga crianças abandonadas e as faz tocar nas ruas em troca de dinheiro. Ao descobrir o talento de Evan, Wizard fá-lo adoptar o nome August Rush e tocar nas ruas, mas August está destinado a encontrar os seus pais através da música, pois esta é a única coisa que os liga a todos.
Num filme como este o melhor mesmo talvez seja começar pela música. Esta é simplesmente sublime. E não, não me estou a referir às cantorias de Louis (se bem que a sua música inicial- Break- mesclada com Lyla a tocar Bach com o violoncelo está mesmo algo genial!) que não costumam ultrapassar o "normal", refiro-me mesmo a todos os sons que Mark Mancina compôs e que nos vão acompanhando nesta viagem ao mesmo tempo que August se apercebe deles também. Alguns são tão subtis e outros são tão simples como as três notas de
piano que acompanham as três personagens mas resultam na perfeição e , melhor do que isso, harmonizam-se todos lindamente e isso vê-se na Rapsódia final que é, sem tirar nem pôr, das melhores e mais inteligentes composições para cinema, da maneira como consegue sumarizar tudo aquilo que estivemos a ouvir nas últimas 2 horas! De salientar também a música gospel "Raise It Up" interpretada no filme por um grupo de igreja (um destaque para Jamia Simone Nash que tem uma voz poderosíssima apesar da sua tenra idade!), que mereceu a nomeação para o Óscar de Melhor Canção Original.
Adorei a cinematografia. Nunca fui a New York City, mas o filme apanha planos e locais (como a Washington Square e o Central Park) da cidade que achei fascinantes e me deram mais vontade de ir visitar a "Big Apple".
Se tivesse que apontar alguma grande falha ao filme seria a estrutura do argumento em relação à duração da película. No início temos flashbacks que nos mostram a relação entre Lyla e Louis e depois passamos uma hora e meia a acompanhar August na sua busca pelos pais. Quando finalmente encontra Louis (sem nenhum dos dois saber quem o outro é), os dois só têm direito a uma cena juntos em que tocam espectacularmente guitarra. Também o final foi muito abrupto e gostaria de ver mais do que aconteceria a seguir. Eu sei o que vai acontecer mas quer dizer, após 2 horas da busca do miúdo pelos pais era pedir muito ver algumas cenas com eles todos juntos?
Muitas pessoas gostam de apontar muitos mais "erros" ao filme, tais como: Como é que ele aprende a tocar e a compôr em todos os instrumentos de um momento para o outro? Como é que a música os pode levar a encontrar-se e não é preciso mais nada? Enfim... "August Rush" é uma fantasia urbana, mas ainda é uma fantasia. Se assim quiserem é uma versão de Oliver Twist dos tempos modernos com música como motor. E é nisso que o filme ganha. Sabe que há uma história e uma mensagem a passar e que a única maneira de o fazer no curto formato de cinema é exagerar numas cenas e fazer simbolismos noutras. Sendo um conto-de-fadas contemporâneo, alguma "suspension of disbelief" é necessária e recomendada para ver o filme mas, mais do que tudo, justificada.
Concluíndo, August Rush é uma fantasia dos tempos modernos a correr ao som da música que nos mostra que não estamos sozinhos e que por mais que a vida nos maltrate ou nos separe, há sempre algo superior que nos une. Ainda que com alguns problemas, é um filme com alma e , por isso, recomendadíssimo.
Realização: 7.5/10Actores: 8/10
Argumento/Enredo: 7/10
Duração/Conteúdo: 6/10
Efeitos/Fotografia: 8/10
Média Global: 7.4/10
Crítica feita por Rodrigo Mourão
Informação
Se tivesse que apontar alguma grande falha ao filme seria a estrutura do argumento em relação à duração da película. No início temos flashbacks que nos mostram a relação entre Lyla e Louis e depois passamos uma hora e meia a acompanhar August na sua busca pelos pais. Quando finalmente encontra Louis (sem nenhum dos dois saber quem o outro é), os dois só têm direito a uma cena juntos em que tocam espectacularmente guitarra. Também o final foi muito abrupto e gostaria de ver mais do que aconteceria a seguir. Eu sei o que vai acontecer mas quer dizer, após 2 horas da busca do miúdo pelos pais era pedir muito ver algumas cenas com eles todos juntos?
Muitas pessoas gostam de apontar muitos mais "erros" ao filme, tais como: Como é que ele aprende a tocar e a compôr em todos os instrumentos de um momento para o outro? Como é que a música os pode levar a encontrar-se e não é preciso mais nada? Enfim... "August Rush" é uma fantasia urbana, mas ainda é uma fantasia. Se assim quiserem é uma versão de Oliver Twist dos tempos modernos com música como motor. E é nisso que o filme ganha. Sabe que há uma história e uma mensagem a passar e que a única maneira de o fazer no curto formato de cinema é exagerar numas cenas e fazer simbolismos noutras. Sendo um conto-de-fadas contemporâneo, alguma "suspension of disbelief" é necessária e recomendada para ver o filme mas, mais do que tudo, justificada.
Concluíndo, August Rush é uma fantasia dos tempos modernos a correr ao som da música que nos mostra que não estamos sozinhos e que por mais que a vida nos maltrate ou nos separe, há sempre algo superior que nos une. Ainda que com alguns problemas, é um filme com alma e , por isso, recomendadíssimo.
EXAME
Realização: 7.5/10
Duração/Conteúdo: 6/10
Efeitos/Fotografia: 8/10
Transmissão da ideia principal do filme para o espectador: 8/10
Média Global: 7.4/10
Crítica feita por Rodrigo Mourão
Informação
Título Original: August Rush
Título em Português: August Rush- O Som do Coração
Ano: 2007
Realização: Kirsten Sheridan
Actores: Freddie Highmore, Robin Williams, Keri Russell, Jonathan Rhys Meyers, Terrence Howard
Trailer:
3 comentários
Não dava um tostão por este filme e revelou-se ser incrível.
ResponderEliminarMais um grande admirador do filme. Já o pai da realizadora faz filmes incrivelmente tocantes (basta lembramo-nos do In America, entre tantos outros).
ResponderEliminarBelo e encantador. Kirten Sheridan herdou do pai, é evidente, a sensibilidade e a elegância de filmar e, sem dúvida, toda a magia que há nisso. Eis, com uma simplicidade comovente, um filme-fantasia sincero e de interpretações brilhantes e genuinas. Destaques maiores (e mais do que merecidos) para o prodigioso Freddie Highmore e para o aqui magnífico Jonathan Rhys Meyers. A fotografia tem a assinatura de John Mathieson e a tocante banda sonora, a de Mark Mancina. É mesmo caso para relembrar o que eu próprio disse noutras situações: que se calem os puristas que não percebem nada de delícias. E logo que delícia, esta.
http://cineroad.blogspot.pt/2009/07/august-rush-o-som-do-coracao-2007.html
Roberto Simões
CINEROAD.net
Muita gente não curte esse filme, mas eu acho ele muito bonito e singelo.
ResponderEliminarhttp://avozdocinefilo.blogspot.com.br/