Downfall (2004)
By Jota Queiroz - sábado, fevereiro 26, 2011
“I always make mistakes when I'm dictating.”
Um filme que retrata o maior ditador da História constitui um grande desafio. O filme peca em algumas coisas, e é grande noutras. O filme foi controverso na Alemanha porque algumas pessoas consideraram que houve um retrato muito "humano" de Adolf Hitler- uma controvérsia pouco inteligente,na minha perspectiva. Podem nunca ter visto o filme (mas aconselho a ver), mas com certeza que toda a gente conhece a famosa cena em que Adolf Hitler grita com os seus subordinados, cena essa que invadiu o Youtube como uma série de divertidas e diferentes paródias.
A premissa é conhecida: a Alemanha Nazi está prestes a perder a guerra. O filme retrata os últimos doze dias da vida do ditador nazi Adolf Hitler, encerrado num bunker de uma Berlim em ruínas, cercada pelos russos e já irremediavelmente perdida. A história do filme é baseado nos livros de Joachim Fest "Der Untergang" e "Bis zur letzten Stunde" de Traudl Junge (secretária de Hitler), portanto o filme tem como grande ponto positivo ser Historicamente correcto.
A realização não é perfeita, há alguns deslizes, como também no desenrolar da narrativa. No início do filme achei que seria um filme decepcionante, as situações são um pouco forçadas e são filmadas de uma maneira estranha, mas isso rapidamente muda. O realizador conseguiu retratar a face "não monstruosa" de Hitler de uma maneira impecável e tangível, e o filme foi criticado por isso, mas considero um ponto muito forte. Confesso que a imagem de Hitler a chorar ainda está queimada na minha retina, é algo que não se processa no cérebro, pois é raro vermos uma tentativa de estimar o ditador como um ser humano e não como "monstro": consegue ser educado e "normal" ao mesmo tempo que troca para uma impiedosa e brutal figura que dita a morte de milhões. Na minha perspectiva, o realizador foi muito inteligente nesta abordagem, pois é muito mais chocante e força-nos a considerar a hipótese de termos um "monstro" adormecido em cada um de nós, há espera de ser acordado por fanatismo ideológico, tal como em Hitler. É-nos muito conveniente percepcionarmos o ditador como um ET, pois assim vemos o Nazismo apenas como uma patologia alemã e não como uma fatalidade da condição humana.
Bruno Ganz é um actor veterano que conseguiu uma interpretação de Hitler digna de um Óscar: transcende a estereotipada figura do ditador alemão para retratá-lo com um “humanismo” real e corroído pelo ódio e mania da grandeza. Ganz até estudou a doença de Parkison e observou doentes num hospital suíço para se preparar para o papel (especula-se que Hitler so
fria da doença). A interpretação está de tal forma brilhante que se quase começa a pensar que Ganz é de facto o Führer: os maneirismos e a sua doentia filosofia de vida são de facto muito convincentes, as pessoas conseguem perceber finalmente o porquê de na altura muitas pessoas se sentirem atraídas pelo carisma de Hitler,mas não esquecendo os terríveis crimes cometidos por esse homem corroído. Joseph Goebbels está bem retratado, mas poderia ser melhor: Goebbels era o mais inteligente no círculo pessoal de Hitler, e no filme nem parece assim tanto. As figuras Heinrich Himmler e Albert Speer estão bem retratadas também, mas perguntava-me às vezes “mas quando é que Hermann Göring aparece?”, sendo apenas mencionado. Alexandra Maria Lara como a secretária de Hitler não está má, mas eu acho que tenho algum problema com a actriz.
O filme torna-se inesquecível com algumas cenas marcantes e é completamente desprovido de alguma forma de comercialismo, sendo uma boa recreação dos últimos dias de Hitler e consequentemente do Nazismo.Downfall tem um poder emocional forte que peca pela sua excessiva duração e uma tendência para realçar alguns aspectos óbvios da História; é um filme difícil . Porém, deve ser visto: o cinesta alemão Oliver Hirshbiegel conseguiu um grande relato de um dos maiores tiranos da História, no entanto uma figura Histórica notável e incompreendida.
EXAME
Realização: 7.5/10
Actores: 9.5/10
Argumento/Enredo: 8/10
Duração/Conteúdo: 7/10
Transmissão da principal ideia do filme para o espectador: 8/10
Média global: 8/10
Crítica feita por Joana Queiroz
Informação
Título em português: A Queda: Hitler e o Fim do Terceiro Reich
Título original: Der Untergang
Ano: 2004
Realização: Oliver Hirshbiegel
Actores: Bruno Ganz, Alexandra Maria Lara, Ulrich Matthes
Trailer do filme:
14 comentários
É impossível concordar com a tua análise, pois odiei, odiei, odiei o filme.
ResponderEliminarSou suspeito neste meu ódio infinito, porque odeio o Adolph Hitler. A única coisa que até acho bom é Alexandra Maria Lara, que é mesmo uma estrela (e também a componente física é sempre um ponto positivo). Também Bruno Ganz, com uma interpretação realmente muito fiel, que me faz querer estrangulá-lo, de tal parecença com Hitler.
Defender as ideologias desse louco é insano! Hitler era um criminoso e cruel racista, não há palavras, não há nada que justifique os impiedosos massacres. Exterminar milhares de seres humanos por causa da etnia, crença ou raça é um ultraje! Ele é a encarnação e personificação do Mal, ele tipifica perfeitamente as profundezas até onde a alma humana pode cair.
E o Hitler a chorar deve ser pura ficção, custa-me a crer que ele chorava, e ele já nasceu monstro, não houve nenhum "acordar do monstro": a maldade parece-me genética. As pessoas não eram atraídas pelo carisma de Hitler, de forma alguma. Nazi louco!
"Maior ditador da história"? Mas que raio é isso, neo-nazismo? Ou é uma piada/ironia? Não há nada em Hitler que o faz um grande ditador, deixem-me rir. O que é que ele fez de bom? Achas bem o extermínio dos Judeus?
Hitler nunca devia ter nascido, mas esse teu "maior ditador da história" suicidou-se por puro medo, isso sim. Grande ditador não, sim um grande cobarde. Ele sofreu até ao fim! Felizmente fez algo inteligente, suicidou-se e fez alguma coisa pelo mundo de jeito.
Como disse,o responsável pelo terror do século XX não merece qualquer tipo de consideração. O que me deixa chocado é saber que ainda existem pessoas no mundo que aprovam o que essa "pessoa" fez. "Uma perspectiva pouco inteligente" o facto de terem criticado a componente humana de Hitler? Errado, fizeram muito bem em criticar! Hitler de humano não tem nada.
Quero sublinhar que não concordo com as suas ideologias nem as defendo, e muito menos ser "Neo-Nazi"! Desde quando é que gostar de um filme ou admirar Hitler como figura histórica faz-me concordar com a exterminação em massa de 50 milhões de Judeus e ser Neo-Nazi? De maneira nenhuma! Não concordo com o seu ódio doentio perante os Judeus e realmente foi um acto louco e insano. Entre todos os horrores da História, os crimes de Hitler continuam a ocupar um lugar único, e realmente o ditador tipifica até onde a tirania pode ir num ser humano.
ResponderEliminarA maior parte das pessoas que criticam Adolf Hitler não sabem a história de vida dele. Passar de um rapazinho "John Doe", sem dinheiro nem grau académico, para um dos homens mais poderosos da História Europeia e Mundial é admirável. E tudo pelo seu carisma que o levou a atingir o topo em praticamente uma década. E sublinho o carisma, porque de facto as pessoas eram atraídas pelo seu carisma. Posso concordar, porém, que algumas pessoas o seguiam cegamente talvez pelo medo da tirania de Hitler e com o receio do que ele lhes poderia fazer caso não o seguissem.
Não, o "maior ditador da História" não constituiu uma ironia, por acaso. O que é que ele fez de bom? Dizer alguma coisa positiva acerca de Hitler pode parecer disparate, ou ter algum "respeito" pode parecer loucura, e não apaga as suas acções criminosas, mas respeito-o por ter "re-construído" a Alemanha em vários sectores (que estava frágil após a 1ª Guerra Mundial) e restaurado orgulho e um certo patriotismo, apesar dos objectivos de Hitler não serem os mais nobres. Conseguiu uma Alemanha unida, por ser um grande líder. O país não terá outro igual, no sentido de alguém ter o mesmo magnetismo, presença, autoridade e determinação que ele. Para além da sua oratória intimidante, persuasiva e hipnotizante Hitler também tinha a particularidade de dizer as coisas e segui-las: ele sabia como ter o que queria. Era um manipulador nato, um estratega lendário e lógico. O único "pequeno problema" nessa sua lógica é que não quis unir o povo pacificamente, mas sim pela opressão. Contudo, essa tal determinação de criar o seu próprio mundo é inegável- e quase o conseguiu. Felizmente, não o conseguiu!
Negas o facto de não haver ninguém como Hitler, mas houve muitos "loucos" como ele: tu já ouviste falar em Mao Tsé-tung, com o seu radicalismo utópico e esquemas de grandiosidade insana? Arriscou-se, inclusivamente, a uma guerra nuclear só para promover a sua visão marxista-estalinista-maoísta. Ou em Estaline que derrotou a Alemanha hitleriana? Mussolini, Lenine? Ou até mais actual, Saddam Hussein, Gadaffi? Sinceramente, estar aqui a discutir se Hitler é um monstro, é um desperdício...Contudo, negar que Hitler cometeu atrocidades horriveis é loucura (poderiamos também pegar em Himmler,que também foi grandemente responsável pelo Holocausto mas é melhor nem irmos por aí), mas ser rolutado como o "maior monstro do século XXI" acho um exagero. Mais uma vez, concordo com todo o negativismo face à exterminação e actos de tirania, mas há coisas que as pessoas nunca sabem.
ResponderEliminarHum, e segundo a tua perspectiva, o suicídio de Hitler constitui um acto inteligente e cobarde? Permite-me contrariar-te com dois notáveis argumentos que expressam a minha opinião oposta: foi de facto inteligente, mas na tua perspectiva não devia ser, pois Hitler suicidou-se não só porque já estava tudo perdido mas também para evitar ser capturado vivo pelas forças soviéticas, pois se isso acontecesse aí é que sofreria "até ao fim"; numa outra opinião pessoal, o suicídio não constitui um acto de cobardia,são unicamente os fortes que se matam. Citando Florbela Espanca, "sabem lá esses pseudofortes o que é preciso de coragem para friamente, simplesmente, dizer adeus à vida, à vida que é um instinto de todos nós, à vida tão amada e desejada a despeito de tudo, embora essa vida seja apenas um pântano infecto e imundo!".
Sim, tens razão, claro. Fizeram bem em criticar a abordagem "humana" do ditador, pois realmente Hitler não era humano; veio-se a descobrir que afinal era um alienígena (!)
Realmente tens razão, fui um pouco precipitado ao dizer logo que o que disseste constituia de algum modo neo-nazismo e respeito pelo extermínio aos judeus, foi muito fora do contexto, peço desculpa. Percebo agora que também não devia ter logo quase que atacado com o meu monólgo anti-Hitler, fui muito inconveniente e foi mesmo do nada, mas admito que sou muito sensível nesta temática xD.
ResponderEliminarRespeito o facto de achares louvável essa ascensão do Hitler e o admirares como figura histórica, mas eu realmente sinto demasiado ódio para achar qualquer coisa "boa" dele. Esses pontos positivos que vês nele, eu não os consigo ver. Essas pessoas que nomeaste, não conheço todas tão profundamente, a História não é o meu forte, mas creio que também foram pequenos monstros, sim.
"Mas há coisas que as pessoas nunca sabem", sim, e prefiro nem saber.
Em relação ao suicídio do Hitler, sim... tens efectivamente aí dois bons argumentos, principalmente o primeiro. A inteligência a que me referia era o simples acto de Hitler se erradicar do mundo. Essa citação de Florbela Espanca é muito bonita, mas não altera a minha opinião sobre o suicídio em si.
Haha, brilhante sarcasmo no final, foi merecido =P. Quero concluir que, apesar de não concordar com a análise do filme (maioritariamente por ser uma crítica positiva ao filme e eu não ter gostado dele), que escreves muito bem e o blog é muito interessante, os meus parabéns!
Anónimo: Tu não és suspeito, tu estás claramente cego pelo ódio (vindo não sei donde).
ResponderEliminarNão vi na crítica algo que mostrasse que a autora defendia qualquer ideologia de Hitler, aliás a Joana deixa isso claro ao dizer: "terríveis crimes cometidos por esse homem corroído" e "os maneirismos e a sua doentia filosofia de vida" são exemplos claríssimos disso.
Acabas por te contradizer, pois dizes coisas como "Ele é a encarnação e personificação do Mal" e “ele já nasceu monstro, não houve nenhum "acordar do monstro": a maldade parece-me genética”, mostrando que ele é algo não-humano (alienígena talvez como disse a Joana). Mas depois, logo a seguir, dizes “ele tipifica perfeitamente as profundezas até onde a alma humana pode cair”, afirmando que afinal Hitler não só é humano, mas como também qualquer humano pode acabar por ter tal crueldade. Aliás, afirmar que a maldade parece genética é pura fantasia e ignorância. Primeiro, não há nenhum gene específico da maldade que se saiba e se houver então todos o temos. Segundo, os genes não condicionam tudo, apenas servem de base para o teu desenvolvimento. Está mais do que provado por estudos que o ambiente social e as experiências de vida condicionam mais o que somos ou o que vamos ser em termos comportamentais, do que os genes que temos.
As pessoas não eram atraídas pelo carisma de Hitler?! Vai lá ver os discursos dele que estão já ali na esquina do Youtube e diz-me onde é que não está mais do que visto que elas eram atraídas pelo seu carisma. As pessoas gostavam de o ouvir discursar! Há um discurso em que a ovação de palmas, pela sua duração e entusiasmo, e os sorrisos das pessoas, fazem lembrar galas de óscares, por exemplo.
“Maior ditador”, depende da perspectiva ou daquilo que se toma em consideração. A tua perspectiva deixa-me adivinhar é: “na perspectiva do que ele trouxe de bom (positivo) para a sociedade”. Bem, com Hitler a Alemanha recuperou a sua soberania, pois presumo que saibas o que o tratado de Versalhes fez à Alemanha… Deixo aqui uma citação do livro de Margaret Olwen MacMillan (encontras no Wikipedia): ”O artigo 231 do Tratado (a cláusula da 'culpa de guerra') responsabilizou unicamente a Alemanha por todas as 'perdas e danos' sofridas pela Tríplice Entente durante a guerra obrigando-a a pagar uma reparação por tais actos. O montante total foi decidido entre a Tríplice Entente na Comissão de Reparação. Em Janeiro de 1921 esse número foi oficializado em 269 biliões de marcos, dos quais 226 biliões como principal, e mais 12% do valor das exportações anuais alemãs - um valor que muitos economistas consideraram ser excessivo. Mais tarde, naquele ano, a dívida foi reduzida para 132 biliões, o que ainda era considerado uma soma astronómica para os observadores germânicos.”. Para além disto ainda limitaram o exército da Alemanha para apenas 100.000 (cem mil) tropas e não podiam fazer recrutamento, a marinha para 15.000 homens, 6 encouraçados, 6 cruzadores, 12 contratorpedeiros, 12 barcos torpedeiros e nem um submarino. A exportação e importação de armamento estavam proibidos e ainda havia restrições no fabrico de metralhadores e espingardas (e mais coisas que podes consultar pela net). Algo ridículo tendo em conta o contexto da altura, pois a Alemanha mais parecia um país pequeno apetecível de ser invadido e não me admirava se tal acontecesse, se a situação perdurasse durante vários anos. Tal fazia deste país um autêntico pau-mandado e o povo alemão não queria ser um pau-mandado pelos “Aliados”. Além disso a Alemanha conheceu um grande desenvolvimento industrial, tendo recuperado e ultrapassado o seu poderio económico, militar e organizacional de outrora. Mas com Hitler viu-se uma tortura e matança de pessoas de várias etnias, culturas, correntes filosóficas e religiões, pensada, mecanizada e organizada, como se de um grande complexo fabril se tratasse. O que demonstra a crueldade até onde a inteligência humana pode ir e por vezes vai.
Há uma tendência de várias pessoas (não é só de agora) de tornar Hitler em algo que não é humano, algo fora do nosso mundo… Bem tenho pena, mas Hitler era 100% humano. Tudo o que fez foi puramente humano, visto que um humano tem a capacidade de fazer tudo o que está ao seu alcance, o pior ou o melhor, e Hitler fez unicamente isso. Agora se as acções são correctas ou erradas isso pertence a outro patamar que está fora das palavras relacionadas com “humanidade”, como “humano”.
ResponderEliminarO problema não foi Hitler ter nascido, o problema foram as variadas experiências que o fizeram tornar-se assim.
Suicidou-se não apenas por medo, pois ele sempre teve medo de cair e qualquer pessoa o tem, mas também porque os seus sonhos (objectivos) já não eram concretizáveis, tendo em conta a situação em que se encontrava.
Hitler merece muita consideração, acho que devia de ser obrigatório nas escolas estudar exaustivamente este e outras figuras da História. Acho que era importante as pessoas verem os horrores da História, verem a inteligência com que as mais variadas atrocidades foram realizadas. Eu prefiro aprender com Hitler, Estaline, Lenine, Himler, Goebbels, Hirohito, Napoleão Bonaparte, Salazar, Franco, Mussolini… do que com os supostos “bonzinhos” ou pessoas-modelo que a sociedade aclama. Aprendo mais a ser “bom” com os “maus” do que a ser “bom” com os supostos “bons”.
Concluindo, Hitler de humano tem tudo. Não há nada de desumano em Hitler, há apenas humanidade nele, pois, sublinho, “humanidade” não significa nem “bom” nem “mau”, mas apenas o conjunto da espécie humana e a sua natureza, sem fazer qualquer julgamento valorativo acerca disso (se algum dicionário disser que é “bondade” ou algo semelhante, então, é porque está deturpado pela utilização, por algumas pessoas, dessa palavra com esse sentido).
Quanto à crítica feita por ti Joana, tenho uns erros a apontar. Não eram só russos, pois tratava-se da URSS e não apenas da Rússia (é um erro comum e às vezes cometido sem querer) e escreveste “historicamente” em vez de “Historicamente” XD
Mais tarde comentarei o filme em si :)
Vindo de não sei donde? Vindo do óbvio! Hitler provocou o mal no mundo, é inegável! Tu negas isso?
ResponderEliminarÉ verdade, mas eu não disse que a autora defendia qualquer ideologia de Hitler, já disse que me precipitei um bocado. "Terríveis crimes cometidos por esse homem corroído" é manifestação de alguma sensatez, porque foram mesmo crimes. Não defende as ideologias de Hitler, mas respeita-o como figura histórica e consegue ver virtudes no Hitler (que claramente tu também vês) que não cabe na cabeça de ninguém, é quase como defendê-lo.
E sim, qualquer humano poderá chegar a essa crueldade um dia (mas considero que ainda ninguém chegou sem ser ele), mas Hitler já nasceu nessas mesmas profundezas. E agora falar de genética? Foi apenas uma expressão, que significa que já tinha patente com ele esse mal, esse distúrbio mental.
Para mim, eram atraídas de uma maneira negativa, hipnotizados, não pelo Hitler em si, como pessoa, percebes?
Sim, "maior ditador" pode ter várias perspectivas, mas pelo menos percebi a perspectiva da Joana como sendo essa do bom para a sociedade. Eu percebo isso tudo, aliás, a Joana também já tinha referido +/- isso, mas mantenho a minha opinião de que as loucuras cometidas por Hitler apagam qualquer coisa!
"O que demonstra a crueldade até onde a inteligência humana pode ir e por vezes vai" ? Por vezes vai não, foi mesmo.
Para mim, foi mesmo Hitler ter nascido. E esses sonhos/objectivos nem deviam ter sido pensados, eram horríveis!
@ Anónimo: Desculpas aceites, e realmente foi muito precipitado. Como o José disse, e volto a sublinhar, realmente não há nada na crítica que diga que defendo os ideiais de Adolf Hitler; se há qualquer coisa, do género "maior ditador da História" ou "figura Histórica notável", é mostrar o meu respeito e admiração que realmente tenho por ele, mas não significa propriamente que concorde com as acções contra os Judeus, aliás achei mesmo que foi uma "doentia filosofia de vida" exactamente por essa obsessão incansável contra eles, que o corroía por dentro.
ResponderEliminarHitler tinha, como já referi, uma capacidade de oratória lendária, de liderança e inteligência notáveis que se utilizada para causas mais nobres teria sido esplêndido! E lendo o que o José disse, acho mesmo que deves ir ao youtube ver discursos do Hitler e verificares que as pessoas ficavam de boca aberta.
Aliás, até digo mais, há um filme que demonstra isso muito bem, (já vi umas 2x e não é por isso que sou neo-nazi), é um filme de propaganda chamado Triumph of the Will, que também está disponível no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=BBfYncHshJc&feature=related. Está muito bom.
Vejo pontos positivos sim, que já nomei diversas vezes e que até se vires o comentário do José está tudo muito completo, e não me vou repetir.
Obrigada pelo comentário acerca do blog=)
@ José: Dizes tudo.
Concordo quando dizes que é importante as pessoas verificarem a inteligência com que as mais variadas atrocidades foram realizadas, e que se pode aprender mais a ser “bom” com os “maus” do que a ser “bom” com os “bons”.
E claro, tinhas que apontar sempre erros =P. Sim URSS, foi um erro sem querer. Mas penso sempre em "russos" ou "forças soviéticas", portanto xD. E isso do H, acontece às vezes, e não acontecia. Erro corrigido =P
ah, e devo só acrescentar que não acredito que Hitler sofresse de "distúrbios mentais", apenas uma obsessão racista e anti-semita. E em termos de patologias médicas é tudo muito incerto.
ResponderEliminarSim, mas uma coisa é odiar, outra coisa é odiar cegamente sem pensar racionalmente, que foi o que fizeste.
ResponderEliminarO que não devia de caber na cabeça de qualquer pessoa é fazer uma criticar de alguém, tomando apenas alguns pontos do que essa pessoa fez (neste caso pontos maus). Deve se ter em conta tudo o que fez, o que fez bem e o que fez mal. Negas que Hitler não fez bem em recuperar a soberania da Alemanha? Achas que era correcto os Aliados fazerem desse país uma marioneta? Tal não é defendê-lo, mas ter em conta o máximo que a pessoa, neste caso Hitler, fez.
Mao Tse-tung, por exemplo, graças ao seu fanatismo pelas fantásticas políticas económicas de extrema-esquerda fez com que morressem entre 40 a 70 milhões de pessoas à fome entre 1949 e 1976. É de sublinhar que na altura não houve nenhuma guerra mundial.
Estaline também criou os seus campos de concentração, denominado o sistema de Gulag. Estava tudo tão bem organizado como os campos de concentração alemães.
Não percebo em que te baseias para dizeres que ele já nasceu assim. Isso lembra o pré-determinismo de uma certa seita do Cristianismo (Calvinismo), que afirma que o nosso destino já está traçado. Essa teoria já foi “deitada abaixo” há muito tempo pela Ciência e é continuamente “deitada abaixo” todos os dias ao vivermos.
Nunca foi provado com toda a certeza que Hitler tinha algum distúrbio mental, pois já estava morto e em cinzas quando foi encontrado pelos soviéticos. Para tirar conclusões certas e válidas seria necessário realizar exames psiquiátricos, que não podem ser realizados com alguém morto. Basicamente isso são teorias que não passam disso, sem haver provas concretas (neste caso exames).
Desculpa, mas havia muitos alemães, austríacos e não só que admiravam Hitler como pessoa, pois o que o define a pessoa é aquilo que ela é e Hitler deixou transparecer aquilo que ele era. Aquilo que pretendia fazer e tentou executar até ao fim, como exterminar pessoas de etnias, religiões, correntes filosóficas… diferentes; elevar a suposta “raça ariana”; elevar a Alemanha e torná-la no mais poderoso país do mundo… Hitler nunca escondeu isto e foi exactamente isto que converteu as massas ao Nacional-socialismo e a idolatrarem Hitler.
Não apagam e ainda bem que não apagam, pois seria um ultraje se toda a gente achasse que Hitler é um caso único e irrepetível... Aliás há um filme alemão que trata bem esta temática: “Die Welle”.
Disse “vai” para deixar inerente que tal ainda acontece hoje.
Não há nada que prove, através de razões e/ou provas válidas, que apenas o facto de certa pessoa nascer, condiciona o que vai ser. Tudo depende do ambiente social em que viver e das experiências que for tendo ao longo da vida. Logo, esses objectivos/sonhos nasceram não porque ele já os tinha gravado no cérebro quando nasceu, mas porque houve um role de acontecimentos que o fizeram pensar assim.
Este filme é excelente ! Um dos melhores biopics desta década.
ResponderEliminarCumps
Já vi este filme há muito tempo e achei-o muito bom, apesar de não ver "reconhecimento" nenhum em relação a ele. Foi por isso que depois me deu um certo gozo quando começaram a chover no youtube adaptações daquela cena no bunker como se fosse uma coisa nunca vista.
ResponderEliminarMas realmente é um grande filme, com uma interpretação de Hitler espectacular.
Frank and Hall's Stuff
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarJota: o Hermann Göring não aparece, pois era considerado, quer internamente, quer pelos aliados, o palhaço desta triste trupe, ou por outras palavras, o homem mais fraco na liderança nazi e por esta altura não tinha quaisquer influências no circulo de poder do Hitler.
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