American History X (1998)
By Sarah - terça-feira, setembro 11, 2012

A acção desenrola-se em torno de uma família americana, sendo narrado pela voz de Danny Vinyard (Edward Furlong) que idolatra o seu irmão Derek (Edward Norton), um condenado acabado de sair da prisão por um crime hediondo do ponto de vista do racismo. Derek era um skinhead repleto de ódio por qualquer pessoa de outra raça ou diferente de si. No entanto, durante o tempo que passou na prisão, aproveita para reflectir e fazer uma retrospectiva ponderada, apresentando-se redimido da ideologia que defendia. O seu objectivo agora, ao ser um homem mudado, é evitar que o seu irmão mais novo repita os erros que ele cometeu, antes que seja tarde tarde demais e possa haver consequências graves, visto que Danny já aparenta ser bem extremista e com ideias bem vincadas.. O estilo narrativo particular, não linear, pode tornar-se cansativo, mas isso pouco ou quase em nada prejudica a substância do argumento ou a dificuldade em percebê-lo, pois a mensagem continua bem patente. Aliás, até penso que foi bem pensado e só benefecia o filme. Somos apresentados a inúmeros flashbacks, seguindo as frustrações individuais de Derek, mas bem evidenciados devido à alternância de cores entre o passado e o presente. Poderia analisar o argumento um pouco mais ao pormenor, pois de facto é uma narrativa bastante ambiciosa que facilmente poderia cair em clichés. Mas nesse aspecto dou imenso mérito ao realizador Tony Kaye, que conseguiu apresentar uma visão muito própria e singular desta temática, sem recorrer a grandes estereótipos. A intenção de Kaye é claramente fazer um filme moral com uma verdadeira lição de vida, mas na minha opinião torna-se excessivamente pedagógico.
E Edward Norton... Bem, que actuação brilhante. Não é a melhor da sua carreira, porque essa pertence a Fight Club (1999), mas é muito provavelmente a sua segunda melhor interpretação. É impossível não ficarmos rendidos ao filme, é precisamente por causa de Edward Norton que ficamos colados ao ecrã, na medida em que a extrema credibilidade com que interpreta a radical mudança de Derek Vinyard é de louvar. Em relação a Edward Furlong, que interpreta o irmão mais novo de Derek, está igualmente bem, apresentando uma carga dramática profunda. São personagens excepcionais, num filme igualmente excepcional.
Em suma, American History X é uma película que, apesar de não isenta de falhas, é envolvente e cativante. Melhor, é um filme explosivo e extremamente realista, formidavelmente bem interpretado por Edward Norton que não poderia deixar de recomendar, apesar de não ser de visualização fácil: a violência não é meramente gráfica, é agressivo na vertente psicológica. Mas pela mensagem que transmite, não obstante ser violento, vale mesmo a pena ver. Faz-nos pensar e levantar questões sobre a "sociedade" em que estamos inseridos, pois a veracidade dos acontecimentos retratados no filme é incontornável...
Em suma, American History X é uma película que, apesar de não isenta de falhas, é envolvente e cativante. Melhor, é um filme explosivo e extremamente realista, formidavelmente bem interpretado por Edward Norton que não poderia deixar de recomendar, apesar de não ser de visualização fácil: a violência não é meramente gráfica, é agressivo na vertente psicológica. Mas pela mensagem que transmite, não obstante ser violento, vale mesmo a pena ver. Faz-nos pensar e levantar questões sobre a "sociedade" em que estamos inseridos, pois a veracidade dos acontecimentos retratados no filme é incontornável...
Realização: 7/10
Actores: 9/10
Argumento/Enredo: 8/10
Duração/Conteúdo: 7/10
Transmissão da ideia principal do filme para o espectador: 8.5/10
Média Global: 7.9/10
Crítica feita por Sarah Queiroz
Informação
Título original: American History X
Título em português: América Proibida
Ano: 1998
Realização: Tony Kaye
Actores: Edward Norton, Edward Furlong, Beverly D'Angelo
Trailer:
3 comentários
Excelente filme de Norton. Boa crítica, como sempre.
ResponderEliminarCumps
Este filme é incrível.
ResponderEliminarAmérica Proibida: 5*
ResponderEliminarUma obra-prima, 100% recomendado.
Cumprimentos, Frederico Daniel