Underworld 4: Awakening (2012)
Confesso que sou fã da saga Underworld: Antes de mais, acho a Kate Beckinsale uma excelente actriz, para além de ser lindíssima é claro; Por outro lado, sempre considerei esta saga como a melhor em termos de acção na temática vampírica, ao mesmo tempo que era substancialmente rico em argumento. Infelizmente, a quarta parte desta saga desceu na minha consideração, especialmente no que toca ao último ponto. Em uma palavra, poderia caracterizar este filme como incoerente.
Kate Beckinsale está de volta como Selene que, após conseguir escapar de um cativeiro de 12 anos, depara-se com uma realidade inesperada: descobertos pelos humanos, os clãs de vampiros e lobisomens são perseguidos e caçados como animais selvagens, querendo salvar-se ambas as espécies do extermínio total. Para além disso, Selene descobre que tem uma filha híbrida...
Não há verdadeiramente uma história central que valha a pena ser discutida; E é esse o problema do filme. Ao ter um desenvolvimento narrativo bastante fraco, que assenta basicamente em cenas de acção desmesuradas que acabam por ser extensas demais, o filme torna-se pouco envolvente, o que faz com que rapidamente se perca o interesse. Para além do mais, está repleto de clichés, o que demonstra uma grande falta de originalidade. Claro que mostrou ser ligeiramente mais ambicioso (as cenas de acção, a melhoria relativamente aos Lycans, etc.) do que os seus antecessores, mas isso não significa que os supere em qualidade. Aliás, longe disso, o que me desiludiu imenso. Estava expectante que o regresso da saga conferisse e sublinhasse o brilhantismo dos seus antecessores. Não aconteceu: A falta de coerência é imensa, parece-me que o objectivo deste filme foi destruir o que foi construído nos dois primeiros. Acho que Underworld: Awakening "desmistificou" os dois primeiros. Não gostei particularmente, apesar de previsível, da introdução dos humanos à história. Simplesmente somos brindados com 90 minutos de violência, o que faz com que Underworld seja um verdadeiro teste à nossa paciência. Por isso é que é achei bastante surpreendente Beckinsale ter aceite regressar ao papel por ter sido convencida pelo script!
Por falar na actriz, fiquei seriamente desapontada por Kate Beckinsale ser a única actriz a voltar a desempenhar o papel, esperava poder contar com Scott Speedman na interpretação de Michael Corvin. O certo é que as outras performances são esquecíveis... O desenvolvimento das personagens é ridículo, há pouca substância inerente às mesmas. Kate Beckinsale é, de facto, o único atractivo do filme, e é claro que podemos contar com uma excelente performance da actriz! Em suma, o filme tem como principais características negativas a acção desnecessária, a falta de substância na narrativa, um questionável uso de CGI, e a falta de Scott Speedman. Mas apesar disto tudo, é um filme que poderá satisfazer. Recomendo que vejam o filme se são fãs da saga, mas preparem-se para uma ligeira desilusão. Sinceramente não penso que tenha sido a adição mais feliz à saga; Mesmo assim, aguardarei pelos próximos. Mas só por causa da Kate Beckinsale.
EXAME
Realização: 5/10
Actores: 7/10
Argumento/Enredo: 5/10
Duração/Conteúdo: 6/10
Transmissão da ideia principal do filme para o espectador: 6/10
Média Global: 5.8/10
Crítica feita por Sarah Queiroz
Informação
Título em português: Underworld 4: O Despertar
Título Original: Underworld 4: Awakening
Ano: 2012
Realização: Bjorn Stein e Måns Mårlind
Actores: Kate Beckinsale, John Hlavin, Michael Ealy
Trailer:
3 comentários
Lembro de pouca coisa dos outros filmes. Ou quase nada mesmo. Faz tanto tempo que eu já vi... Qualquer dia desses eu revejo a saga e vejo esta continuação, rs
ResponderEliminarEpá, nem a Kate Beckinsale salva o filme. E o Scott Speedman não faria muita diferença na minha opinião...
ResponderEliminarE a filha híbrida irritava-me um bocadinho.
Boa análise ;)
Ainda não vi este mas assim que possa "arranjar"... é imediatamente!
ResponderEliminarTambém sou fã da saga, especialmente do primeiro Underworld. Isto é entretenimento puro. Não se pode exigir daqui ideias de grandeza conceptual quando não é esse o propósito (e digo que nisso a saga até tem sido muito humilde em não querer ser mais do que é e sabe dar continuada boa distracção).
E tem a Kate Beckinsale... que só ela já é um "filme" dentro do filme (a prequela custou um pouco mais pela "ausência" dela).
Eheheheh!