"The final chapter. In eye-popping 3D"
O capítulo final da saga SAW chegou! Quer dizer, esperemos que seja de facto o último. Não me surpreenderia se daqui a um ano víssemos posters a anunciar "SAW VIII - O capítulo finalíssimo".
Claro que a minha curiosidade em relação a este filme era descabida. Como é que será que esta saga terminará? É de facto uma tremenda responsabilidade atribuir um final digno e épico a esta saga que, apesar de se ter extendido demasiado, não deixa de ser uma saga de peso. O seu final teria que ser fantástico, não só para compensar a imensa espera, mas também para haver finalmente um filme do mesmo nível que o primeiro. Recordo com nostalgia o primeiro filme, é o meu preferido.
Adianto desde já que não há grande diferença de qualidade relativamente ao Saw VI. Digo mesmo que, na minha perspectiva, não há qualquer melhoria. É mais do mesmo. Contudo, como foi a primeira vez que vi um SAW no cinema, acaba sempre por ser uma experiência diferente (Muito obrigadaaa ao meu colega das críticas Pedro Gonçalves por me conseguir arrastar de casa para ir ver a sessão da meia noite!). Vou primeiramente frisar o meu total desagrado relativamente à tecnologia 3D... É que neste filme foi muito mal utilizado mesmo, não fez praticamente diferença nenhuma. Sinceramente não percebo a contínua necessidade de utilizarem 3D para tudo quando há claramente filmes que não necessitam. Querem mesmo ganhar uns dinheirinhos extra. Mas é melhor nem entrar muito por aí porque senão não páro de escrever.
O filme volta a ser protagonizado pelo Detective Hoffman (que parece ter 7 vidas), que continua a montar as suas armadilhas e anda à procura de Jill Tuck (Betsy Russell) que se encontra "protegida" por Matt Gibson (Chad Donella). A vítima principal deste filme é Bobby Dagen (Sean Patrick Flannery), um "suposto" sobrevivente do Jigsaw, que ganha dinheiro a vender essa falsa história. Claro está que isso não passou imune, portanto ele agora será verdadeiramente posto à prova. E contamos com o regresso de uma personagem docemente familiar que atormentará Hoffman. O enredo gira sempre em volta da mesma coisa, apresentando já uma fórmula esgotada.
O sentimento de estar a torcer pela vítima principal que me tinha sido devolvido no Saw VI, neste voltou a desaparecer. Isto porque as personagens são tão mázinhas que acabamos por não sentir nada, qualquer ligação com elas. Não percebo sinceramente a escolha de actores neste filme... Está horrível, e não há outra palavra. O meu querido Tobin Bell e Cary Elwes, personagens essenciais à saga SAW, aparecem apenas durante uns 5 minutos, se é que tanto. Não tenho dúvidas nenhumas que empobreceu o já pobre cast, porque foram os únicos que deram brilho á tela. Sem contar com Costas Mandylor que conseguiu uma performance minimamente positiva. E o filme depois tem coisas um bocado estúpidas, erros mesmo flagrantes. Assim um mais descarado que me lembre foi quando o Bobby arranca os molares para descobrir um código e depois, mesmo após esse acto de sacrifício, consegue professar o seu amor à mulher, falando normalmente. Sim, aquilo não deve doer nada. Claramente ninguém consegue falar normalmente após arrancar dentes.
A acção em Saw 3D, devo reconhecer, é imparável. Nunca ficamos aborrecidos com o filme, está constantemente a passar-se alguma coisa, o que é bom. Temos um óptimo desenrolar da acção. Podemos contar com imensas armadilhas, e imensamente sádicas e sangrentas. Até penso que este filme contem mais armadilhas que qualquer outro da saga. No entanto, é mais do mesmo. É sempre mais do mesmo. Não é novidade haver aquela "armadilha principal" em que o sujeito tem de passar por vários obstáculos num determinado período de tempo mais longo, em que vai ter que ir "salvando" pessoas. E haver um "surpreendente" twist no final, que costuma ser o elemento definidor do filme, acaba por já não ser surpreendente. E sinceramente, neste filme, apesar do final ter algum impacto, o seu conteúdo irritou-me particularmente... Penso mesmo que o material do filme já está completamente reciclado, e se formos a ver com atenção todos os filmes, com certeza que haverá coisas que não baterão certo. Sendo o capítulo final, esperava um final mais inteligente, mas não deixo de pensar que ficámos com uma tentativa falhada do realizador de juntar as peças soltas dos filmes anteriores. Foi uma coisa apressada e mal pensada. Acho que extender a saga a sete filmes já foi demasiado e ainda por cima para depois acabar assim... Não sei, fiquei com uma sensação de vazio. Não era bem assim que esperava que acabasse. Só espero que não tenham a infeliz ideia de fazer um oitavo, aí é que descredibilizam na totalidade a saga. Claro está que isto é uma opinião inteiramente subjectiva, não duvido que haja quem goste do final.
EXAME
Realização: 5/10
Actores: 5/10
Argumento/Enredo: 5/10
Duração/Conteúdo: 8/10
Transmissão da ideia principal do filme para o espectador: 6/10
Média Global: 5.8/10
Crítica feita por Sara Queiroz
Informação
Título em português: Saw 3D
Título Original: Saw 3D
Ano: 2010
Realização: Kevin Greutert
Actores: Tobin Bell, Costas Mandylor, Cary Elwes, Betsy Russell
Trailer do filme
O capítulo final da saga SAW chegou! Quer dizer, esperemos que seja de facto o último. Não me surpreenderia se daqui a um ano víssemos posters a anunciar "SAW VIII - O capítulo finalíssimo".
Claro que a minha curiosidade em relação a este filme era descabida. Como é que será que esta saga terminará? É de facto uma tremenda responsabilidade atribuir um final digno e épico a esta saga que, apesar de se ter extendido demasiado, não deixa de ser uma saga de peso. O seu final teria que ser fantástico, não só para compensar a imensa espera, mas também para haver finalmente um filme do mesmo nível que o primeiro. Recordo com nostalgia o primeiro filme, é o meu preferido.
Adianto desde já que não há grande diferença de qualidade relativamente ao Saw VI. Digo mesmo que, na minha perspectiva, não há qualquer melhoria. É mais do mesmo. Contudo, como foi a primeira vez que vi um SAW no cinema, acaba sempre por ser uma experiência diferente (Muito obrigadaaa ao meu colega das críticas Pedro Gonçalves por me conseguir arrastar de casa para ir ver a sessão da meia noite!). Vou primeiramente frisar o meu total desagrado relativamente à tecnologia 3D... É que neste filme foi muito mal utilizado mesmo, não fez praticamente diferença nenhuma. Sinceramente não percebo a contínua necessidade de utilizarem 3D para tudo quando há claramente filmes que não necessitam. Querem mesmo ganhar uns dinheirinhos extra. Mas é melhor nem entrar muito por aí porque senão não páro de escrever.
O filme volta a ser protagonizado pelo Detective Hoffman (que parece ter 7 vidas), que continua a montar as suas armadilhas e anda à procura de Jill Tuck (Betsy Russell) que se encontra "protegida" por Matt Gibson (Chad Donella). A vítima principal deste filme é Bobby Dagen (Sean Patrick Flannery), um "suposto" sobrevivente do Jigsaw, que ganha dinheiro a vender essa falsa história. Claro está que isso não passou imune, portanto ele agora será verdadeiramente posto à prova. E contamos com o regresso de uma personagem docemente familiar que atormentará Hoffman. O enredo gira sempre em volta da mesma coisa, apresentando já uma fórmula esgotada.
O sentimento de estar a torcer pela vítima principal que me tinha sido devolvido no Saw VI, neste voltou a desaparecer. Isto porque as personagens são tão mázinhas que acabamos por não sentir nada, qualquer ligação com elas. Não percebo sinceramente a escolha de actores neste filme... Está horrível, e não há outra palavra. O meu querido Tobin Bell e Cary Elwes, personagens essenciais à saga SAW, aparecem apenas durante uns 5 minutos, se é que tanto. Não tenho dúvidas nenhumas que empobreceu o já pobre cast, porque foram os únicos que deram brilho á tela. Sem contar com Costas Mandylor que conseguiu uma performance minimamente positiva. E o filme depois tem coisas um bocado estúpidas, erros mesmo flagrantes. Assim um mais descarado que me lembre foi quando o Bobby arranca os molares para descobrir um código e depois, mesmo após esse acto de sacrifício, consegue professar o seu amor à mulher, falando normalmente. Sim, aquilo não deve doer nada. Claramente ninguém consegue falar normalmente após arrancar dentes.
A acção em Saw 3D, devo reconhecer, é imparável. Nunca ficamos aborrecidos com o filme, está constantemente a passar-se alguma coisa, o que é bom. Temos um óptimo desenrolar da acção. Podemos contar com imensas armadilhas, e imensamente sádicas e sangrentas. Até penso que este filme contem mais armadilhas que qualquer outro da saga. No entanto, é mais do mesmo. É sempre mais do mesmo. Não é novidade haver aquela "armadilha principal" em que o sujeito tem de passar por vários obstáculos num determinado período de tempo mais longo, em que vai ter que ir "salvando" pessoas. E haver um "surpreendente" twist no final, que costuma ser o elemento definidor do filme, acaba por já não ser surpreendente. E sinceramente, neste filme, apesar do final ter algum impacto, o seu conteúdo irritou-me particularmente... Penso mesmo que o material do filme já está completamente reciclado, e se formos a ver com atenção todos os filmes, com certeza que haverá coisas que não baterão certo. Sendo o capítulo final, esperava um final mais inteligente, mas não deixo de pensar que ficámos com uma tentativa falhada do realizador de juntar as peças soltas dos filmes anteriores. Foi uma coisa apressada e mal pensada. Acho que extender a saga a sete filmes já foi demasiado e ainda por cima para depois acabar assim... Não sei, fiquei com uma sensação de vazio. Não era bem assim que esperava que acabasse. Só espero que não tenham a infeliz ideia de fazer um oitavo, aí é que descredibilizam na totalidade a saga. Claro está que isto é uma opinião inteiramente subjectiva, não duvido que haja quem goste do final.
EXAME
Realização: 5/10
Actores: 5/10
Argumento/Enredo: 5/10
Duração/Conteúdo: 8/10
Transmissão da ideia principal do filme para o espectador: 6/10
Média Global: 5.8/10
Crítica feita por Sara Queiroz
Informação
Título em português: Saw 3D
Título Original: Saw 3D
Ano: 2010
Realização: Kevin Greutert
Actores: Tobin Bell, Costas Mandylor, Cary Elwes, Betsy Russell
Trailer do filme