Depois de

É-nos contada a impressionante história de Marie Antoinette (Kirsten Dunst) que, aos 14 anos de idade, está noiva de Luis XVI (Jason Schwartzman). Apesar de não estar preparada para as conspirações da corte, subiu ao trono de França aos 19 anos. Marie Antoinette rebela-se contra a atmosfera isolada de Versailles, tornando-se na monarca mais incompreendida da História.
É na realização que o filme encontra o seu pico máximo. A premissa da “história de uma Rainha que vivia como uma Rock Star” é concretizada ao máximo, com acordes de guitarra e uma sapatilha All-Star a aparecer numa cena em que a Rainha escolhe o seu calçado. Sofia Copolla pretende com este filme mostrar a sua visão da jornada de Marie Antoinette como uma rapariga sensível; aposta numa abordagem subjectiva dos factos,e conseguimos acompanhar a protagonista de perto, e até identificarmo-nos com ela. Assim, Sofia Coppola transpõe a verdadeira essência da Rainha, como mulher e não como a figura de soberania. Outro facto muito interessante com que somos brindados constantemente é o contraste entre o brilho de Versalhes e a tristeza de Marie Antoinette. O filme tem cenas brilhantes e muito emotivas.
O filme não é particularmente sobre a Revolução de 1789, apesar de estar integrado nas vésperas desse evento. Toda a recriação do ambiente está deveras interessante, assim como a maneira da apresentação dos factos: a cena peculiar do ritual de acasalamento está fantástica, retratando bem os costumes e etiquetas da época. Desse modo, a premissa do filme é pormenorizadamente bem desenrolada durante o filme.
Como nem tudo são rosas, devo destacar alguns pontos negativos. O filme peca pelo seu guião demasiado simples, creio que com um guião melhor poderíamos ver um filme épico. O rigor Histórico nem sempre está em altas, havendo alguns erros factuais, e a ausência de contexto político actua como algo negativo. Poderíamos ver Marie Antoinette como a adolescente popular a querer ser líder do clube mais “fixe” da escola. Outro ponto negativo é a forma abrupta que o filme acaba, e o filme é muito grande para o conteúdo que tem. E onde está a guilhotina?!
A fotografia, os elementos cénicos, a controversa banda sonora e a interpretação dos actores s

Temos nas interpretações uma Kirsten Dunst que se afasta do seu registo de Mary Jane em Spiderman, sendo credível e talentosa.
Concluido, Marie Antoinette é uma obra original dotada de um estilo único, mas que poderia ser bem melhor, não conseguindo satisfazer totalmente.
EXAME
Realização: 8/10
Actores: 8/10
Argumento/Enredo: 7/10
Duração/Conteúdo: 5/10
Banda Sonora: 7.5/10
Fotografia: 9/10
Transmissão da principal ideia do filme para o espectador: 7/10
Média global: 7.4/10
Crítica feita por Joana Queiroz
Informação
Título em português: Maria Antonieta
Título original: Marie Antoinette
Ano: 2006
Realização: Sofia Coppola
Actores: Kirsten Dunst, Jason Schwartzman, Rip Torn
Trailer do filme:
Foi o único que vi da Sofia até agora. Muitos criticam a obra e não vejo motivo, já que acho muito bem feita e original. Achei Sofia esplêndida aqui :]
ResponderEliminarSofia Coppola tem um estilo muito próprio, aconselho a veres outras obras dela, principalmente o Lost in Translation (que tem poderá ser uma obra incompreendida).
ResponderEliminarDe facto, em Marie Antoinette a realização de Sofia Coppola atinge o expoente máximo :)